terça-feira, 24 de novembro de 2015

Negro em Movimento

                   Cachoeira doSul- Rs -    O Legislativo de Cachoeira do Sul realizou dia 19/11, sessão solene alusiva ao Dia da Consciência Negra. 
                    Neste ano, foram homenageados os ativistas negros Maria de Lourdes Soares Machado e Júlio Cesar Modesto da Silva. 
                    Como representante da ACCA me foi concedido pronunciamento, aproveitei e falei sobre  sobre a luta empreendida pela entidade cachoeirense e pelos negros de todo país, ressaltamos a importância das políticas de inclusão dos negros na sociedade brasileira.

 “Nos libertamos das correntes e dos castigos físicos, mas ficamos presos ao preconceito e ao racismo que infelizmente nos atingem até hoje. Nossa luta hoje é por espaços, principalmente os espaços de poder e decisão. Tivemos avanços, sim, mas ainda precisamos e queremos representar e sermos representados”.







terça-feira, 17 de novembro de 2015

MÊS CONSCIÊNCIA NEGRA DE CACHOEIRA DO SUL convite SARAU LITERÁRIO


MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA DE CACHOEIRA DO SUL - QUILOMBO CAMBARÁ

 Cachoeira do Sul -RS- Atividade realizada no ultimo dia 15/11 no Quilombo do Cambará Br 290, Cachoeira do Sul reuniu um grande numero de ativistas da cidade e localidade, na oportunidade foram apresentadas atividades culturais e religiosas, tivemos a presença também do prefeito municipal Neiron Viegas e Secretários municipais , 

Participação da COMPPPIR & ACCA nas pessoas de Ana Lucia Falcão e Luciano Ramos respectivamente.












quarta-feira, 11 de novembro de 2015

MÊS DA CONSCIÊNCIA DE NEGRA CACHOEIRA DO SUL




Os fatos que marcaram a bravura, o comprometimento, as promessas e a traição aos negros do Rio Grande do Sul foram relembrados nesta quinta-feira (05) durante o lançamento do Mês da Consciência Negra, que neste ano terá o tema “Lanceiros Negros na Revolução Farroupilha: uma história ser contada”. As atividades do mês serão coordenadas pela Prefeitura de Cachoeira do Sul através da Coordenadoria Municipal para a Promoção da Igualdade Racial (COMPPPIR), que tem como coordenadora a professora Ana Lúcia Falcão com apoio do Movimento Negro local representado pela ACCA ( Associação Cachoeirense da Cultura Afro  Brasileira) e UNEGRO. Na oportunidade o prefeito Neiron Viegas esteve presente e fez uso da palavra saudando participantes e destacando a importância do evento para engrandecimento da história da formação do nosso povo gaúcho e fim da discriminação racial.




Palestrantes na abertura do Mês da Consciência Negra
- Olivoni Maciel da Rosa: professora aposentada de História e Geografia
- Sérgio Augusto Ramos Júnior: representante da Unegro em Cachoeira do Sul
- Luciano Ramos: presidente da Associação Cachoeirense de Cultura Afro (ACCA)
- Fábio Scotta: professor de História.

História dos Lanceiros Negros



“O Massacre de Porongos”, onde de acordo historiadores, depois de lutarem durante 10 anos principalmente em busca de suas liberdades, já que inicialmente foi prometido que aqueles que lutassem na guerra seriam libertados, no dia 14 de novembro de 1844, os Lanceiros Negros foram traídos no episódio conhecido como “O Massacre de Porongos”, quando foram previamente desarmados por David Canabarro e separados do resto da tropa.
Conta-se que cinco carretas com mulheres chegaram à beira do açude onde eles passariam à noite, que ainda teve música e churrasco. Por volta de 2h da madrugada, no Campo de Porongos (hoje município de Pinheiro Machado), eles foram atacados de surpresa e dizimados pelas tropas imperiais comandadas pelo Coronel Francisco Pedro de Abreu (o Moringue), através de um conluio entre o Barão (mais tarde Duque) de Caxias e o General Canabarro para se livrarem dos negros armados e poderem finalmente assinar a Paz de Ponche Verde. Cerca de 20 negros sobreviveram e foram mandados para o Rio de Janeiro, onde provavelmente voltaram a ser escravos. Algumas entidades informam que os Lanceiros assassinados foram de 600 a 700. Outras versões falam de 100.
Cavalaria e infantaria
Recrutados em meio aos negros campeiros e domadores da atual Região Sul do Estado gaúcho (Canguçu, Pelotas, Bagé, Piraí), os Lanceiros Negros foram organizados em duas divisões: uma de cavalaria uma infantaria. Temidos por serem truculentos e exímios esgrimistas, esses combatentes, sobretudo a cavalaria, utilizava como equipamentos de combate as lanças compridas além de coletes de couro cru, esporas afiadas presas aos pés e boleadeiras.
Subordinados a vários ex-oficiais do militarismo imperial brasileiro, entre eles, os idealizadores dos lanceiros, coronéis Joaquim Pedro Soares e Teixeira Nunes, o efetivo formado pela parcela mais discriminada da população, isto é, os negros, ocuparam um importante destaque na nomenclatura do conflito.
Negros, índios e mestiços desempenharam papel fundamental na Guerra dos Farrapos como soldados, trabalhando em setores importantes da economia de guerra: estâncias de gado, fabricação de pólvora, plantações de fumo e erva-mate cultivadas pelos rebeldes. Apesar das promessas, a República Rio-Grandense não libertou seus escravos. José Mariano de Mattos (1801-1866) apresentou em 1842, na Assembleia Constituinte, um projeto de abolição que foi recusado. A Corte Imperial não concordava com a liberdade dos escravos, pois um grande número de negros armados poderia ser um perigo e grande ameaça para os escravocratas brasileiros.
Grupos de Lanceiros Negros prisioneiros foram enviados ainda em 1845 para o Rio de Janeiro na condição de libertos (Jornal do Comercio e o Diário do Rio de Janeiro 26.08.1845). O ex-farroupilha Manuel Caldeira expõe que tenham sido novamente escravizados, levados para a Fazenda de Santa Cruz, como propriedade do Estado. Alguns soldados negros podem ter escapado para o Uruguai, refugiados, formado quilombos e se passando por homens livres. Descendentes destes viveriam até hoje nessa área rural conhecida como Estância “La Gloria”, na região de Payssandú.